A procura de granitos com cores vivas tem vindo a crescer pelo mercado de rochas ornamentais, verificando-se uma preferência para os granitos com elevada meteorização, vulgarmente designados de granitos amarelos.
Estes granitos apresentam colorações amareladas/acastanhadas, resultado de processos naturais da meteorização/oxidação, em oposição aos granitos mais sãos e que possuem coloração clara.
Portugal apresenta uma grande diversidade de granitos com esta coloração (acinzentada), sendo pertinente a criação de técnicas que permitam acelerar o processo natural de meteorização.
A investigação realizada procurou identificar as melhores técnicas de oxidação/coloração para várias variedades de granitos cinzentos portugueses.
Os produtos utilizados permitem a obtenção de granitos com coloração amarelas/acastanhadas, semelhantes à cor natural dos granitos oxidados.
Para além destas cores obtidas, é também possível a obtenção de tons rosados.
O processo utilizado permite obter uma gradação na intensidade da coloração.
A coloração de granitos a partir de granalha de ferro é possível quando as amostras são submetidas a condições ambientais específicas e em determinado espaço de tempo. Quando comparado com métodos anteriores, este processo necessita de um período de tempo mais elevado.
No entanto e ao contrário do método anterior, os cuidados de manuseamento são muito inferiores e a reutilização do produto em questão torna-se possível. Deste processo é possível obter colorações alaranjadas, homogéneas ou formando padrões, na superfície a colorir.
Após o processo de coloração/oxidação é necessário testar a durabilidade e resistência dos produtos utilizados.
A utilização do espectrofotómetro permite calcular a variação cromática (∆E) ao longo do tempo, fornecendo informações acerca da durabilidade e eficácia dos produtos utilizados e das situações ambientais em que os granitos podem ser aplicados sem modificação significativa das características de superfície.
As amostras selecionadas para análise da variação cromática foram colocadas ao ar livre, onde se encontram expostas aos agentes meteorológicos.
Para além destes, as amostras são regadas ocasionalmente permitindo avaliar assim uma evolução da coloração ao longo do tempo.
Esta avaliação é feita a cada 90 dias permitindo assim observar a perda ou ganho de coloração no tempo decorrido.
A técnica desenvolvida permite realizar o processo em zonas delimitadas das chapas, o que abre um enorme campo de evolução no design de peças à medida, com grafismos e colorações à medida dos clientes.
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